Entregar-se é querer tudo e não esperar nada.
É esperar tudo e não pedir nada. É pedir tudo e contentar-se com nada. É fácil
ser-se submissa quando o Dono vem, quando o Dono amarra, quando o Dono bate. É
fácil ser-se submissa com uma coleira no pescoço, de joelhos em frente ao Dono,
de quatro no chão. Difícil é ser-se submissa quando o Dono não vem, quando o
Dono não dá. Esse é o verdadeiro teste de submissão. Quando não há uma chibata
ou uma ordem clara, quando não se está a ser usada, quando não se está a ser
humilhada. Nesses momentos, procuro não me esquecer de que é a este homem que
eu me submeto porque é a este homem que eu quero me submeter. Procuro não me esquecer de
que é exatamente isto que eu quero, submeter-me à vontade do meu Dono, seja ela
qual for. Quando detecto em mim um leve vestígio de desejo, preferência ou
qualquer outra manifestação da vontade, qualquer indício de pensamento tóxico,
algum rastilho de ideia subversiva, remeto-me à forma primordial, à mais pura
submissão, genuína, desinteressada, profunda. Como uma cadela fiel, mantenho-me
deitada no tapete da entrada da nossa história comum desde que o Dono sai até
que o Dono chega. Nada se passa entre um momento e o outro. Nunca me ocorreria
perguntar por que demorou tanto, mas apenas abanar a cauda de felicidade por
vê-lo voltar.
(Autor desconhecido)
o limite...
ResponderExcluirEntrega total Madame....
ResponderExcluirBeijo *Estrela*do*
Kool master
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